01- Em qual par de palavras há respectivamente substantivo e pronome?
·
A
imigração tornou-se necessária. / É dever cristão praticar o bem.
Necessária: é adjetivo, pois modifica o substantivo imigração.
Bem: é substantivo, pois vem antecedido de
artigo.
·
Inglaterra
é responsável por sua economia. / Havia muito movimento na praça.
Responsável: é adjetivo, pois modifica o substantivo Inglaterra.
Muito: é pronome indefinido, pois antecede o substantivo movimento expressando quantidade indefinida.
·
Fale
sobre tudo o que for preciso. / O consumo de drogas é condenável.
O: é pronome demonstrativo,
sinônimo de aquilo. Sempre que houver o
que, os que ou as que, o o, o os e o as serão pronomes demonstrativos e
o que, pronome relativo. Quando houver a
que, o a pode ser preposição ou pronome
demonstrativo, e o que será pronome relativo.
Consumo: é substantivo, pois está antecedido de
artigo.
·
Pessoas inconformadas lutaram pela absolvição. / Pesca-se muito em Angra dos Reis.
Inconformadas: é adjetivo, pois modifica o substantivo pessoas.
Muito: é advérbio, pois modifica o verbo pescar.
·
Os prejudicados não tinham o direito de reclamar. / Não entendi o que você disse.
Prejudicados: é substantivo, pois está antecedido de
artigo.
Que: é pronome
relativo. Sempre que houver o que, os que ou as que, o o, o ose o as serão pronomes demonstrativos e o que, pronome relativo. Quando houver a que, o a pode ser preposição ou pronome
demonstrativo, e o que será pronome relativo.
02- Observe as palavras destacadas da seguinte
frase: Encaminhamos a V.Senhoria cópia autêntica do Edital no 19/82. A que
classes gramaticais elas pertencem?
Encaminhamos: verbo encaminhar conjugado na primeira pessoa do plural do presente do
indicativo ou do pretérito perfeito do indicativo.
Senhoria: substantivo usado na locução Vossa Senhoria, que se transforma em pronome de tratamento.
Autêntica: adjetivo, que modifica o substantivo cópia.
------------------
03- Na oração “Certos amigos não chegaram a ser jamais amigos certos”, o termo destacado é sucessivamente:
·
Adjetivo
e pronome
·
Pronome
adjetivo e adjetivo
·
Pronome
substantivo e pronome adjetivo
·
Pronome
adjetivo e pronome indefinido
·
Adjetivo
anteposto e adjetivo posposto
A classe gramatical a que pertence certo depende da posição em que ele se encontra na frase:
Antes do substantivo: certo é pronome indefinido;
Depois do substantivo: certo é adjetivo.
Os pronomes podem ser pronomes substantivos e
pronomes adjetivos. Serão pronomes substantivos quando substituírem um
substantivo. Serão pronomes adjetivos quando acompanharem um substantivo. Por
exemplo:
Ele encontrou meu livro: Ele é pronome substantivo, pois substitui um substantivo. Meu é pronome adjetivo, pois acompanha o substantivo livro.
O pronome indefinido certo sempre será pronome adjetivo, pois acompanha um substantivo.
A frase “Certos amigos não chegaram a ser
jamais amigos certos” tem, em certos
amigos, um pronome indefinido adjetivo e, em amigos certos, um adjetivo.
04- Assinale a opção em que o termo em destaque,
quando posposto ao substantivo, muda de significado e passa a pertencer a outra
classe de palavras:
·
Complicada solução
·
Inapreciável valor
·
Extraordinária capacidade
·
Certos lugares
·
Engenhosos métodos
O termo que muda de significado e passa a pertencer
a outra classe de palavras quando posposto ao substantivo é certo: passa de pronome adjetivo indefinido a adjetivo.
05- Em qual opção
não há erro no emprego do pronome?
· O diretor mandou eu
entrar na sala.
· Preciso falar
consigo o mais rápido possível.
· Cumprimentei-lhe
assim que cheguei.
· Ele só sabe elogiar
a si mesmo.
· Após a prova, os
candidatos conversaram entre eles.
- Sujeito
acusativo:
quando um verbo no infinitivo ou no gerúndio tiver a ação dependente de verbo
causativo (fazer, mandar, deixar, etc.) ou de verbo sensitivo (ver, ouvir,
sentir, etc.), seu sujeito será denominado de sujeito
acusativo. Este poderá ser representado por um substantivo ou por um pronome oblíquo átono(me, te, se, o, a, nos, vos, os, as), dentre outros. Jamais o sujeito acusativo pode ser representado
por um pronome do caso reto (eu, tu, ele...): O diretor
mandou-me entrar na sala.
- si, consigo: esses pronomes são sempre reflexivos ou recíprocos, ou seja, só podem
ser usados se o sujeito praticar a ação sobre si mesmo (reflexivo) ou quando o
sujeito estiver no plural e representar ação recíproca: Ele
só sabe elogiar a si mesmo; Após a prova, os candidatos conversaram entre si. Não sendo reflexivo nem recíproco, deve-se usar com
você(s), com ele(s), com ela(s): Preciso falar com você o mais rápido possível.
- lhe,
lhes: pronomes
oblíquos átonos que representam complementos verbal e nominal encabeçados pela
preposição a exigida por verbo transitivo
indireto, aquele que exige complemento preposicionado (Ex.: obedecer a
algo/alguém), por substantivo abstrato (Ex.: ter respeito a algo/alguém) ou por
adjetivo (Ex.: ser favorável a algo/alguém): Aos regulamentos,
obedeço-lhes; Tenho-lhe respeito; Sou-lhe favorável.
Representam também
elementos encabeçados pela preposição de em indicação deposse (algo de alguém): Cortaram-lhe
os cabelos = Cortaram os cabelos dele = Cortaram os seus
cabelos.
- o,
a, os, as: se o verbo for transitivo direto, aquele que
exige complemento não preposicionado, este não será representado por lhe,
lhes, e sim por o, a, os, as:Cumprimentei-o
assim que cheguei: Quem cumprimenta, cumprimenta alguém.
-------------------------
06- Em qual opção
houve erro no emprego do pronome?
·
Ele
entregou um texto para mim corrigir.
·
Para
mim, a leitura está fácil.
·
Isto
é para eu fazer agora.
·
Não
saia sem mim.
·
Entre
mim e ele há uma grande diferença.
- Eu / tu: usam-se esses pronomes somente quando exercerem a
função de sujeito:Ele entregou um texto para eu corrigir; Isto é para
eu fazer agora.
- Mim / ti: usam-se esses
pronomes quando não exercerem a função de sujeito:Para mim, a
leitura está fácil; Não saia sem mim; Entre mim e ele há uma grande diferença.
Esses pronomes (mim
/ ti) podem ser usados antes de verbo no infinitivo, caso exerçam a função de
complemento de verbo transitivo indireto (custar a alguém; bastar para ou
a alguém; restar a alguém; faltar a alguém) ou a função de
complemento de adjetivo que acompanha verbo de ligação (ser ou estar, principalmente): Custou a
mim aceitar a situação; Basta para mim ter você ao meu lado; Resta a mim pagar
as dívidas; Falta para mim trazer alguns documentos.
07- Em qual opção
não há pronome relativo?
·
O
que queres não está aqui.
·
Temos
que estudar mais.
·
A
estrada por que passei é estreita.
·
A
prova que faço não é difícil.
·
A
festa a que assisti foi ótima.
Os pronomes
relativos (que, quem, qual, onde, quanto e cujo) estabelecem uma relação
sintática entre o substantivo anterior a eles (ou pronome substantivo) e o
verbo posterior a eles. É, portanto, obrigatória a presença de um substantivo
(ou de pronome substantivo) imediatamente antes do pronome relativo, podendo
haver entre eles somente uma preposição ou uma locução prepositiva. Na frase Temos
que estudar mais, o termo que não é pronome relativo por não haver um substantivo nem um pronome
substantivo antes dele. Esse que não é considerado recomendável, apesar de ser bastante usado no
Brasil. O mais recomendável é que se use ter de: Temos de
estudar mais. O termo que, então, por estar no lugar da
preposição de, funciona como preposição.
Em
todas as outras frases há relação sintática entre o substantivo e o verbo: A
estrada por que passei é estreita: eu passei
pela estrada; A prova que faço não é difícil: a prova não é difícil; A festa a
que assisti foi ótima: a festa foi ótima. EmO
que queres não está aqui, o termo o é pronome demonstrativo, pois pode ser
substituído por aquilo. Sempre que
houver pronome demonstrativo antes de que, este será pronome relativo. O
que, isso que, isto que, aquilo que, aquele que, aquela que...
-----------------------
08- Em quais opções que é pronome relativo?
Conheci que (1)
Madalena era boa em demasia. A culpa foi desta vida agreste que (2) me deu uma alma
agreste. Procuro recordar o que (3) dizíamos. Terá realmente piado a coruja?
Será a mesma que (4) piava há dois anos? Esqueço que (5) eles me deixaram e que
(6) esta casa está quase deserta.
Nas opções (1), (5)
e (6), não há substantivo nem pronome substantivo antes deque; não é, portanto
pronome relativo em nenhuma delas.
Nas opções (2), (3)
e (4):
(2): “...
vida agreste que me deu uma alma agreste”: Há relação sintática entre o
substantivo anterior (vida) e o verbo dar: a vida agreste me deu uma alma agreste.
(3): “...
o que dizíamos” = dizíamos aquilo. Sempre que houver pronome
demonstrativo antes de que, este será pronome relativo.
(4): “... a mesma
que piava...”: mesma é um pronome demonstrativo de reforço =aquela que piava. Sempre que houver pronome demonstrativo antes de que, este será pronome relativo.
------------------------
09- Em qual opção a
palavra destacada é pronome?
·
O
homem que chegou é meu amigo.
·
Notei
um quê de tristeza em seu rosto.
·
Importa que compareçamos.
·
Ele
é que disse isso.
·
Vão ter que dizer a verdade.
Quando o que estiver antecedido de substantivo que tem relação sintática com o
verbo posterior, será pronome relativo. Portanto, em O homem que
chegou é meu amigo, que é pronome relativo: o homem chegou.
- quê: é substantivo, por significa alguma coisa,
qualquer coisa. Quando tiver esse significado, além de ser
precedido do artigo indefinido um, é acentuado: um
quê.
- é
que: é partícula expletiva. Quando estiver
antecedido do verbo ser no singular,
sem sujeito expresso, pode ser partícula expletiva. Será isso quando a expressãoé que puder ser eliminada da oração sem prejuízo
semântico a ela: Ele disse isso. A partícula
expletiva pode ser representada somente pelo que: Ele que disse isso.
- conjunção
integrante:
Quando o que iniciar oração que exerce a
função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo e complemento
nominal, sempre será denominado de conjunção integrante. O mesmo acontece com o se:Importa que compareçamos: o verbo importar é intransitivo, pois aquilo que importa, importa. Para se encontrar seu sujeito, pergunta-se que é
que importa?Resposta: que compareçamos. Esse é o sujeito de importar; é uma oração que funciona como sujeito, cujo nome é oração
subordinada substantiva subjetiva. Oque é, portanto, conjunção integrante.
10- Estamos certos
de que V. Exa. __________ merecedor da consideração que _________ dispensam
___________ funcionários.
·
é –
lhe – vossos
·
é –
lhe - seus
·
e –
vos - vossos
·
sois
– lhe – seus
·
sois
– vos vossos
V. Exa. é a
abreviação do pronome de tratamento Vossa Excelência. É o modo cerimonioso como se trata determinadas pessoas. Por
exemplo: cidadãos importantes na sociedade, principalmente em linguagem
comercial, devem ser tratados de Vossa Senhoria; políticos e ministros de estado: Vossa Excelência; reitores de universidade: Vossa Magnificência; príncipes: Vossa Alteza; reis:Vossa Majestade; o papa: Vossa
Santidade; Deus: Vossa Onipotência.
Usa-se Vossa
..., quando se fala com a pessoa e Sua ..., quando se fala da pessoa. Por exemplo: Presidente, quando Vossa Excelência se encontrar com Sua Santidade, o
protocolo deve ser seguido à risca.
Todo pronome de
tratamento representa a terceira pessoa, portanto todos os termos que se
referem ao pronome de tratamento devem concordar na terceira pessoa: verbos,
pronomes, etc.
A
frase adequada, portanto, é a seguinte: Estamos certos de que V. Exa. é merecedor
da consideração que lhe dispensam seus funcionários.
------------------
11- Qual a opção
inadequada?
·
Receba
Vossa Excelência os cumprimentos de seus subordinados.
·
Sua
Excelência, o Ministro da Justiça, chegou acompanhado de outras autoridades.
·
Reiteramos
nosso apreço a Vossa Senhoria e vossos subordinados.
·
Solicitamos
a Sua Senhoria que encaminhasse suas sugestões por escrito.
·
Concordamos
com Vossa Excelência e com seus subordinados.
Todo pronome de
tratamento representa a terceira pessoa, portanto todos os termos que se
referem ao pronome de tratamento devem concordar na terceira pessoa: verbos,
pronomes, etc.
A frase inadequada,
portanto, é a seguinte: Reiteramos nosso apreço a Vossa Senhoria e vossos
subordinados. O pronome possessivo de terceira pessoa éseu(s),
sua(s). A
frase, então, tem de ser assim corrigida: Reiteramos nosso apreço a Vossa Senhoria e
seus subordinados.
-----------------------
12- Qual a opção
com erro?
·
Não
consegui entendê-lo naquela confusão.
·
É
para mim fiscalizar aqueles volumes.
·
Tudo
ficou esclarecido entre mim e ti.
·
Por
favor, mande-o entrar e sentar-se.
·
Fizeram-no
esperar demais hoje.
- o,
a, os, as: se o verbo for transitivo direto, aquele que
exige complemento não preposicionado, este será representado por o,
a, os, as. Não consegui entendê-lo naquela confusão: Quem entende, entende alguém. Os pronomes o, a,
os, aspodem ser substituídos por variantes:
- no, na, nos, nas: quando o verbo terminar em M,
ÃO ou ÕE, usa-se no, na,
nos, nas no lugar de o, a, os, as. Por exemplo: As motos estavam à venda; eles
compraram-nas por pouco dinheiro; Eles oferecem os brindes e dão-nos só aos
amigos; Eles pegam os sapatos e põe-nos.
- lo, la, los, las: quando o verbo transitivo
direto terminar em R, S ou Z, usa-selo, la, los, las no lugar de o, a, os, as. As
terminações R, S, Z desaparecem. Por exemplo: Vou
escrever a música e cantá-la a vocês; Essa música, tu canta-la?; O padre pega
as crianças com seu carro e condu-las até a igreja; Não consegui entendê-lo.
- Eu / tu: usam-se esses pronomes somente quando exercerem a função de
sujeito: É para eu fiscalizar aqueles volumes.
- Mim / ti: usam-se esses
pronomes quando não exercerem a função de sujeito:Tudo ficou
esclarecido entre mim e ti.
Esses pronomes (mim
/ ti) podem ser usados antes de verbo no infinitivo, caso exerçam a função de
complemento de verbo transitivo indireto (custar a alguém; bastar para ou
a alguém; restar a alguém; faltar para ou a alguém) ou a função de
complemento de adjetivo que acompanha verbo de ligação (ser ou estar, principalmente): Custou a
mim aceitar a situação; Basta para mim ter você ao meu lado; Resta a mim pagar
as dívidas; Falta para mim trazer alguns documentos.
- Sujeito
acusativo:
quando um verbo no infinitivo ou no gerúndio tiver a ação dependente de verbo
causativo (fazer, mandar, deixar, etc.) ou de verbo sensitivo (ver, ouvir,
sentir, etc.), seu sujeito será denominado de sujeito acusativo. Este poderá ser representado por um substantivo ou por um pronome oblíquo átono(me, te, se, o, a, nos, vos, os, as), dentre outros. Jamais o sujeito acusativo pode ser representado
por um pronome do caso reto (eu, tu, ele...): Por favor, mande-o
entrar e sentar-se; Fizeram-no esperar demais hoje.
---------------
13- Complete as
lacunas:
·
De
repente, deu um livro para .............. . (eu / mim)
·
Nada
mais há entre ............. e você. (eu / mim)
·
Sempre
houve entendimento entre ............ e ti. (eu / mim)
·
José,
espere. Vou .............. . (consigo / contigo / com você)
Usa-se eu somente quando exercer a função de sujeito. Se não houver verbo
exigindo sujeito, obviamente não se pode usar eu: De repente, deu um livro para mim; Nada mais há entre mim e você; Sempre houve
entendimento entre mim e ti.
- si e consigo: pronomes que só podem ser
usados reflexivamente, ou seja, somente quando o sujeito praticar a ação sobre
si mesmo. Devem-se analisar os elementos identificadores do interlocutor; se este
for tu, usa-se contigo; se forvocê, usa-se consigo caso haja reflexibilidade, e usa-se com você se não a houver. O verbo esperar, na forma espere, identifica o interlocutor: você; não há reflexibilidade, portanto, deve-se usar com
você: José, espere. Vou com você.
-----------------
14- Vossa
Excelência ...................... que eu ......................... traga
..................... jornal?
·
quer
– lhe – vosso
·
quer
– vos – seu
·
quereis
– vos – vosso
·
quer
– lhe – seu
·
quereis
– lhe – vosso
Todo pronome de
tratamento representa a terceira pessoa, portanto todos os termos que se
referem ao pronome de tratamento devem concordar na terceira pessoa: verbos,
pronomes, etc. A frase adequada, portanto, é a seguinte: Vossa
Excelência quer que eu lhe traga seu jornal?
-------------------
15- Onde há erro no
uso do pronome de tratamento?
·
Os
reitores das universidades recebem o título de Vossa Magnificência.
·
Sua
Excelência, o Senhor Ministro, não compareceu à reunião.
·
Senhor
Deputado, peço a Vossa Excelência que conclua a sua oração.
·
Sua
Eminência, o Papa Paulo VI, assistiu à solenidade.
·
Procurei
o chefe da repartição, mas Sua Senhoria se recusou a ouvir minhas explicações.
Cidadãos
importantes na sociedade, principalmente em linguagem comercial, devem ser
tratados de Vossa Senhoria; políticos e ministros de
estado: Vossa Excelência; reitores de universidade: Vossa
Magnificência; príncipes: Vossa Alteza; reis: Vossa Majestade; o papa: Vossa
Santidade; Deus: Vossa Onipotência.
Usa-se Vossa
..., quando se fala com a pessoa e Sua ..., quando se fala da pessoa. Por exemplo: Presidente, quando Vossa Excelência se encontrar com Sua Santidade, o
protocolo deve ser seguido à risca.
O erro encontra-se
na frase 4. Corrigindo-a: Sua Santidade, o Papa Paulo VI, assistiu à solenidade.
---------------
16- Em qual opção a
palavra certo é pronome indefinido?
·
Certo
perdeste o juízo.
·
Certo
rapaz te procurou.
·
Escolheste
o rapaz certo.
·
Marque
o conceito certo.
·
Não
deixe o certo pelo errado.
Classes gramaticais
de certo:
- adjetivo: usado depois do substantivo: rapaz certo;
conceito certo.
- pronome
indefinido: usado antes do substantivo: certo rapaz.
- advérbio: significa certamente ou de maneira exata: certo (= certamente)perdeste o juízo.
- substantivo: antecedido de artigo; significa coisa certa: Não
deixe o certo pelo errado.
----------------
17- Se é para
................ (eu / mim) dizer o que penso, creio que a escolha se dará
entre ................... (mim e ti / mim e tu / eu e tu / eu e ti)
Usa-se eu e tu somente quando exercerem a função de sujeito. Se não houver verbo
exigindo sujeito, obviamente não se pode usar eu nem tu: Se é para eu
dizer o que penso, creio que a escolha se dará entre mim e ti.
18- Em qual opção
há erro no emprego do pronome oblíquo?
·
Eu o
conheço muito bem.
·
Devemos
preveni-lo do perigo.
·
Faltava-lhe
experiência.
·
A
mãe amava-a muito.
·
Farei
tudo para livrar-lhe desta situação.
Verbo transitivo
direto (VTD) é aquele que exige complemento sem preposição. Como exemplo, o
verbo amar: quem ama, ama algo/alguém. Os complementos dos VTDs
podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos o, a, os,
as e suas variantes: lo, la, los, las, que se ligam a verbos terminados em R, S ou Z (essas terminações desaparecem) e no, na, nos, nas, que se ligam a verbos terminados
em M, ÃO ou ÕE.
Verbo transitivo
indireto é aquele que exige complemento com preposição (a, de, para, por,
em...). Como exemplo, o verbo obedecer: quem obedece, obedece a
algo/alguém. Os complementos dos VTIs que egigem a preposição a podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos lhe,
lhes.
Conhecer: quem conhece,
conhece algo/alguém; é, portanto, VTD; por isso o uso do pronome o.
Prevenir: quem previne,
previne alguém; é, portanto, VTD; é terminado em R; por isso o uso da variante lo.
Faltar: aquilo que falta,
falta a alguém; é, portanto, VTI que exige a preposição a; por isso o uso do pronome lhe.
Amar: quem ama, ama
algo/alguém; é, portanto VTD; por isso o uso do pronome a.
Livrar: quem livra, livra
algo/alguém; é, portanto, VTD; está inadequado, então, o uso de lhe; o certo é usar a variante lo(s) ou la(s), já que o verbo termina em R:Farei tudo para livrá-lo desta situação.
--------------------
19- Alguém, antes que Pedro o fizesse, teve vontade de falar o que foi dito. Os pronomes em destaque dispõem-se nesta ordem:
·
De
tratamento, pessoal, oblíquo, demonstrativo.
·
Indefinido,
relativo, pessoal, relativo.
·
Demonstrativo,
relativo, pessoal, indefinido.
·
Indefinido,
relativo, demonstrativo, relativo.
·
Indefinido,
demonstrativo, demonstrativo, relativo.
Alguém: é pronome
indefinido, uma vez que representa uma pessoa de modo vago, impreciso.
O: é pronome
demonstrativo, visto que pode ser substituído por outro pronome demonstrativo: antes
que Pedro fizesse isso.
O: é pronome demonstrativo, visto que pode ser substituído por outro
pronome demonstrativo: teve vontade de falar aquilo.
Que: é pronome
relativo, já que sempre que o termo que estiver após um pronome
demonstrativo, será pronome relativo.
-----------------
20- Na frase Chegou
Pedro, Maria e o seu filho dela, o pronome possessivo está
reforçado para:
·
Ênfase
·
Elegância
de estilo
·
Figura
de harmonia
·
Clareza
·
Concessão
Coloca-se dele(s) ou dela(s) em orações com pronome
possessivo para dar clareza à frase, já que em Chegou Pedro,
Maria e seu filho não há clareza quanto ao filho
ser de Pedro ou de Maria.
----------------------
21- Em que opção o
pronome pessoal está empregado corretamente?
·
Este
é um problema para mim resolver.
·
Entre
eu e tu não há mais nada.
·
A
questão deve ser resolvida por eu e você.
·
Para
mim, viajar de avião é um suplício.
·
Quanto
voltei a si, não sabia onde me encontrava.
Só se usa eu e tu na função de sujeito. Para isso
é necessária a presença de um verbo exigindo sujeito, por isso devem-se
corrigir as seguintes frases: Este é um problema para eu resolver.
- Entre
mim e ti não há mais nada;
- A questão
deve ser resolvida por mim e você.
Só se usa si em frases em que haja reflexibidade de terceira pessoa. por issoQuando
voltei a si está inadequado, já que eu
voltei a mim.
---------------------
22- Onde há erro
quanto ao uso dos pronomes se, si ou consigo?
·
Feriu-se
quando brincava com o revólver e o virou para si.
·
Ele
só cuida de si.
·
Quando
V. Sa. Vier, traga consigo a informação pedida.
·
Ele
se arroga o direito de vetar tais artigos.
·
Espere
um momento, pois tenho de falar consigo.
A única frase que
não apresenta reflexibilidade, ou seja, o sujeito de terceira pessoa praticando
a ação sobre si mesmo é a última, por isso a correção: Espere
um momento, pois tenho de falar com você.
---------------------
23- Este
inferno de amar – como eu amo! - / Quem mo pôs aqui n’alma ... quem foi? / Esta
chama que alenta e consome, / Que é a vida – e que a vida destrói - / Como é
que se veio a atear, / Quando / ai quando se há-de apagar? (Almeida Garret)
No texto, os
pronomes eu, quem e este são respectivamente
·
Indefinido
– pessoal – indefinido
·
Pessoal
– interrogativo – demonstrativo
·
Pessoal
– indefinido – demonstrativo
·
Interrogativo
– pessoal – indefinido
·
Indefinido
– pessoal – interrogativo
Eu: sempre é pronome
pessoal do caso reto.
Quem: em início de
frase interrogativa, sempre é pronome interrogativo.
Este: sempre é pronome
demonstrativo.
------------------
24- O auxiliar
judiciário discutiu ................... mesmos a respeito de possíveis
desentendimentos entre .................. e ....................... .
·
Conosco
– eu – ti
·
Com
nós – mim – tu
·
Com
nós – mim – ti
·
Conosco
– eu – tu
·
Conosco
– mim – ti
Usa-se com
nós e com vós no lugar de conosco e convosco
quando à frente desses pronomes surgir alguma palavra (mesmos,
próprios, alguns, todos, um numeral, um substantivo...) ou
expressão (oração subordinada adjetiva...) que
indique quem somos nós ou quem sois vós. É o que ocorre na frase apresentada:discutiu
com nós mesmos.
Não há verbo
exigindo eu e tu como sujeito; usa-se, portanto, mim
e ti.
--------------------------
25- V. Excelência
................ fazer o que ............. for possível, para que
.............. prestígio se mantenha.
·
Deveis
– vos – vosso
·
Deveis
– lhe – seu
·
Deveis
– lhe – vosso
·
Deve
– vos – seu
·
Deve
– lhe – seu
Pronome de
tratamento é pronome de terceira pessoa. Todos os elementos devem concordar com
a terceira pessoa, portanto: V. Excelência deve fazer o que lhe for
possível, para que seu prestígio se mantenha.
--------------------
26- Traga os
relatórios ainda hoje, para .................... com vagar.
·
eu
lê-los
·
mim
ler-los
·
mim
lê-los
·
mim
ler-lhes
·
eu
ler-los
Há
verbo exigindo sujeito: ler; por isso deve-se usar o pronome eu. O verbo leré VTD, pois quem
lê, lê algo. Deve-se usar, então, o pronome o. Como o verbo termina em R, usa-se a variante lo: Traga os
relatórios, para eu lê-los.
27- Em qual opção
há erro no emprego dos pronomes?
·
Vossa
Excelência e seus convidados.
·
Mandou-me
embora mais cedo.
·
Vou
estar consigo amanhã.
·
Vós
e vossa família estais convidados para a festa.
·
Deixei-o
encarregado da turma.
Só se usa o pronome consigo quando houver reflexibilidade de terceira pessoa. Está errado,
portanto, Vou estar consigo.
28- O trabalho tem
mais isso de excelente: distrai nossa vaidade, engana nossa falta de poder.
Também
há ocorrência de pronome empregado com sentido de posse em:
·
O
trabalho afasta de nós três grandes males: o tédio, o vício e a necessidade.
·
O
trabalho impede-o de olhar um outro que é ele e que lhe torna a solidão
horrível.
·
O
trabalho desvia-o da visão assustadora de si mesmo.
·
Vagabundo
é quem não tem o que fazer; nós temos, só não o fazemos.
·
O
trabalho faz-nos sentir a esperança de um bome acontecimento.
Há três maneiras de
se indicar posse por meio de pronomes:
1- Com a preposição de ligando o substantivo possuído a pronome pessoal de terceira
pessoa.
- A casa
dele ruiu.
- Os amigos
de vocês são bem camaradas.
2- Pelos pronomes
possessivos meu(s), minha(s), teu(s), tua(s), seu(s), sua(s), nosso(s),
nossa(s), vosso(s), vossa(s).
- A sua casa
ruiu.
- Os seus
amigos são bem camaradas.
- A minha
esposa é linda.
Obs.: Em alguns
casos em que se usam pronomes de terceira pessoa, pode ocorrer ambiguidade. Por
exemplo,
na frase A
sua casa ruiu, dependendo do contexto não haverá clareza quanto a que casa
ruiu: a da pessoa com quem se fala ou da pessoa de quem se fala. Se for dessa última,
pode-se colocar dele(s), dela(s), juntamente do pronome seu(s),
sua(s).
- A sua casa
dela ruiu.
3- Pelos pronomes
oblíquos átonos me, te, lhe, nos, vos, lhes.
- Tiraram-me
o sossego. (= Tiraram o meu sossego)
- Arracaram-se
os filhos. (= Arrancaram os seus fiilhos)
- Se
tu quiseres, falo com seu pai e lhe beijo os pés. (= beijo os pés dele)
Das frases
apresentadas, a única que apresenta pronome empregado com sentido de posse é a
seguinte:
O trabalho
impede-o de olhar um outro que é ele e que lhe torna a solidão horrível.
O pronome oblíquo
átono lhe é indicador de posse;
que lhe
torna a solidão horrível = que torna a sua solidão horrível - que torna a
solidão dele horrível.
0 comentários:
Postar um comentário